BEGONIACEAE

Begonia radicans Vell.

Como citar:

Julia Caram Sfair; Tainan Messina. 2012. Begonia radicans (BEGONIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

431.440,457 Km2

AOO:

576,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie ocorre nos Estados da Bahia, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina (Jacques, 2012).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Julia Caram Sfair
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

Espécie amplamente distribuída encontrada da Bahia a Santa Catarina, ainda que de forma descontínua. Apesar de ocorrer em regiões com intensa pressão antrópica, essa espécie é encontrada em diversas unidades de conservação (SNUC). Devido ao grande número de coletas, principalmente na Região Sul, suspeita-se que a espécie seja abundante localmente. Dessa maneira a espécie é considerada como "Menos preocupante" (LC) em relação ao risco de extinção.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita originalmente em Fl. Flumin. 10: t. 39 1831.A espécie possui grande variação no tamanho, cor e textura das folhas (Silva; Mamede, 1992). Assemelha-se a Begonia integerrima spreng e B. solananthera A.DC. pelo hábito, placenta bipartida com lamelas adpressas e óvulos dispostos somente na face externa das lamelas e sementes fusiformes. Diferencia-se de B. integerrima na forma das folhas e de B. solananthera nas folhas completamente glabras (Jacques, 2002).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Ocorre com ampla distribuição em Floresta Ombrófila costeira, tanto em Floresta Primária como em áreas alteradas e restingas arbóreas (Mamede et al., 2012)
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane
Detalhes: Espécie trepadeira, monóicas, com registro de floração de agosto a fevereiro e frutificação nos meses de agosto a abril, polinização através de insetos e dispersão de semente pelo vento, ocorre em Floresta Ombrófila costeira, tanto em Floresta primária como em áreas alteradas e restingas arbóreas (Silva; Mamede, 1992; Breier, 2005; Mamede et al., 2012).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
A Mata Atlântica vemsofrendo ao longo dos anos intensa retirada de cobertura vegetal nativa,degradação do solo e introdução de espécies exóticas, visando a utilizaçãodestas áreas para plantios e pastagens (Young et al., 2005).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
"Em perigo" (EN). Lista vermelha da flora do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
A espécie apresenta registros de ocorrência no Parque Estadual Xixová-Japuí, SP (Moura et al., 2007), no Parque Estadual Pico do Morumbi, PR (Kozera et al., 2009), na Reserva Florestal dos Pilões, SC (Duarte, 3377 RB), na Reserva Ecológica da Juréia, SP (Figueiredo, 15577 RB), na Reserva Particular do Patrimônio Natural Serra Bonita, BA (Lopes, 603 HSJRP) e na Reserva Biológica Augusto-Ruschi, ES (Kollmann, 5185 HSJR; Vervloet, 870 HSJRP).